segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

FALA QUEM SABE – Paulo Cunha, Psicólogo


Paulo Cunha é Psicólogo. Apesar da sua juventude tem um currículo impressionante que atesta bem a sua competência.

É formador, consultor e empresário – na BLOCO MENTAL.

A sua ligação com o basquetebol vem de longe e destaca-se o apoio que deu, enquanto psicólogo, ao Ginásio Figueirense e à Selecção Nacional Sénior.

Neste blog já demos conta quando ele se cruzou connosco, em Abril do ano passado. Pode ler/reler AQUI.

Esta resumidíssima apresentação serve apenas para enquadrar a rubrica que agora damos vida no blog, FALA QUEM SABE… e vão ver que sabe!

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Começo a minha primeira crónica tentando não ser demasiado complicado ou maçudo. Vou então abordar temas que requerem alguma atenção, mas sem ser demasiado técnico. Para começar, lembrei-me de uma frase que uma vez vi escrita por um treinador Norte-Americano; treinador conceituado, Bobby Knight, escreveu então num livro seu que “a vontade de vencer é um dos conceitos mais mal usados em desporto – toda a gente quer vencer, aquilo que nem todos possuem, é a vontade de se preocuparem convenientemente para vencerem”. De forma resumida, aquilo a que este senhor se referia, era a imprtância do treino, treino esse que não era apenas físico, mas também mental. Mas acerca disto aprofundarei umas semanas mais para a frente. No entanto dou apenas a dica de que o treino físico, na sua forma pura, não existe. Na realidade qualquer execução depende de um processo de aprendizagem e toda a aprendizagem depende de um sistema nervoso central, ou seja, um cérebro. Pelo que, quando mecanizamos um exercíco, uma jogada, estamos através de movimentos físicos a exercítar e a mecanizar o cérebro. Portanto a base da aprendizagem é a repetição e a mecanização, entre outras variáveis. Isto é treino, e, o treino deve ser entendido como algo controlável pelo próprio sujeito. Ou seja, quanto mais e melhor treinar, mais posso alcançar. Hoje pensei dedicar-me às forças do além. Ou seja, tudo aquilo que não conseguimos explicar e que nos estraga os jogos. Dito de outra forma, aquilo que um treinador decente nem quer ouvir falar. Ou dito ainda de outra forma: aquilo que os treinadorees mais novos dizem que não existe mas depois compram alho e sal para colocar no bolso. Na psicologia chamamos a esta variável superstição, ou a procura do resultado através de forças inexplicáveis. A superstição é diferente dos rituais, que, podem ser entendidos como hábitos culturalmente enraízados que têm como objectivo a valorização do sentimento de pertença; lembro-me por exemplo do célebre haka praticado pela selecção de rugby da Nova Zelândia. Os rituais geralmente têm um efeito mais positivo do que a superstição. Em vez de explicar a superstição, resolvi efectuar uma pesquisa, com base naquilo que havia na minha memória. Para escrever sobre superstição teria que procurar um desporto que fosse criticado por muitos mas adorado por todos, que gerasse movimentos de massa, e que tendo bons profissionais também tivesse não muito bons profissionais. Bem, não sei porquê mas lembrei-me do futebol e, como tal, do jornal “A bola”, nomeadamente de uma edição de 25 de Julho de 1993. E sem me alongar mais, transcrevo a parte que mais me interessa. Apelo à vossa reflexão sobre superstição deixando as conclusões ao cuidado de cada um.

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2 comentários:

Anónimo disse...

Um bom post:
"era a importância do treino, treino esse que não era apenas físico, mas também mental". É isto que separa um bom jogador de um mediano, a inteligência...
Uma vez um conceituado treinador disse-me: "o seu filho tem uma característica que poucos jogadores com idade dele têm: ele corre mais depressa com a cabeça do que com as pernas".
Esta característica só com muito treino mental é que se adquire.
Claro que gostei de ouvir.

Bons treinos/jogos

Anónimo disse...

Seja bem vindo caro PSI.
O vosso trabalho neste campo, não esquecendo claro,o Sérgio Fraga, é fundamental nestas idades, ainda por cima na condição em que se encontram. Terem a familia á distância não é fácil. Por outro lado, é preciso construir bem estas cabeças. Costumamos dizer que este é um jogo para QI´s acima da média.

Bom trabalho,
Pedro Ventura