Em poucas palavras, tentarei fazer um curto balanço dos últimos 10 meses do projecto.
A minha primeira palavra vai para os JOGADORES. Foram eles que tiveram a vida mais dura, que passaram pelas maiores dificuldades e desafios, que tiveram de ser profissionais, mais profissionais do que alguns profissionais. Na generalidade, a atitude deles foi sempre exemplar, quer enquanto equipa, quer individualmente. Foram muito facilitadores na construção da dinâmica de FAMÍLIA que se viveu. Sinto pessoalmente um orgulho enorme de ter tido a oportunidade de trabalhar com cada um deles e, principalmente, de os conhecer.
Vou repetindo ano após ano que, no que ao staff diz respeito, o meu papel é o mais fácil. Num CNT a figura do treinador residente é tão crucial quanto difícil de desempenhar. E neste capítulo, é justo referir que o HUGO MATOS foi simplesmente excelente. Aqueles que já viveram o castigo de trabalhar comigo sabem que não é nada fácil, quer pelos defeitos, quer pelo feitio.
Ainda a pensar em recursos humanos, outro pilar bem sólido do nosso CNT continua a ser o Departamento Clínico. A dupla Basil Ribeiro (doc) e Luís Pereira (fisio) foi, uma vez mais, de enorme competência. A inclusão do Pedro Carvalho (nutri) foi também uma mais-valia, reconhecida unanimemente.
Para encerrar a «secção de pessoal», não posso deixar de referir o Sérgio Fraga que, apesar da sua vida profissional atribulada, encontrou tempo para nos dar algum apoio. E ainda um agradecimento a quem pontualmente nos deu apoio logístico sem nenhuma obrigação de o fazer: o André Matos (irmão do Hugo) e o meu pai (Adriano Alves).
Este parágrafo é dedicado às boas condições que nos proporcionaram em Paredes para o desenvolvimento do projecto, ou seja, mais uma vez falar das pessoas, essas que facilitaram o dia-a-dia da equipa: director, directores de turma, professores e funcionários da Escola Daniel Faria, em Baltar. E também todo o pessoal do Hotel Zé do Telhado, Restaurante Zangão, Pavilhão Rota dos Móveis e Piscina Rota dos Móveis.
Os dois vértices complementares ao CNT, no triângulo de preparação dos nossos jovens, estão preenchidos pelos CLUBES e a FAMÍLIA. Aos clubes, agradecer o compromisso e a colaboração dos seus treinadores. Naturalmente que o contacto foi maior com uns do que com outros, mas da nossa parte com a consciência tranquila de termos mantido abertos todos os canais e plataformas de comunicação que dispomos. À família, agradecer o envolvimento no processo naquilo que poderemos definir como «na medida certa»… estamos reconhecidos pela confiança que em nós depositaram e esperamos ter correspondido às expectativas.
Não há CNT’s perfeitos e este não o foi de certeza. Queremos sempre fazer mais e melhor e contamos com a colaboração de TODOS no futuro.
Alguns jogadores vão continuar e outros não. A força das circunstâncias assim o obriga. Mas o «moral da história» deste balanço é que, por TUDO O QUE PASSÁMOS JUNTOS, valeu a pena viver no CNT Paredes 2008/2009. Pelo menos para mim.
Mais uma vez OBRIGADO por tudo e umas boas férias para todos!