sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Aí estão as castanhas e o verão de S. Martinho

Quanto às castanhas, de facto estamos no tempo delas, já quanto ao verão de S. Martinho... não nos podemos queixar porque ele há muito que não nos quer deixar (e ainda bem!).
Mas então, peguntarão as nossas "crianças", quem é esse tal S. Martinho?.
Ora bem, era uma vez...

Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França. Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes, e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo. Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam. De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola. Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre. Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão! Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom. É por isso que todos os anos, nesta altura do ano, mesmo sendo Outono, durante cerca de três dias o tempo fica melhor e mais quente: é o Verão de São Martinho.


Como os mais crescidos também gostam de histórias, aqui ficam as datas mais importantes da vida de S. Martinho:

316 - Nasce S. Martinho, filho de um oficial romano, na Panónia (região da actual Húngria).
326- Com apenas 10 anos e por sua vontade torna-se catecúmeno (aspirante a cristão).
330- É obrigado a ir para o exército onde pratica o ideal cristão de humildade e generosidade.
337- Dá-se o em que S. Martinho partilha a sua capa de soldado com um pobre.
Em data indeterminada S. Martinho abandona o exército.
354- S. Martinho chega a Poitiers onde se desloca para se juntar a Santo Hilário. Mas logo a seguir vai para a Itália com o objectivo de rever a família e evangelizar os seus conterrâneos.
355-360- S. Martinho é expulso da sua própria terra (por causa do Arianismo) e passa um tempo isolado na ilha de Galinária, no meio do Mar Tirreno.
361- S. Hilário volta para Poitiers e S. Martinho também.
361- Funda uma comunidade monástica (a primeira da Gália) em Ligugé, a 6 km de Poitiers.
371- S. Martinho torna-se Bispo de Tours, cargo que ocupará cerca de 26 anos até à sua morte.
372- Funda a comunidade monástica de Marmoutier, perto de Tours.
397- S. Martinho morre em Candes perto de Tours. No dia 11 de Novembro é enterrado com pompa e circunstância na cidade de que fora Bispo durante mais de um quarto de século.

Bom S. Martinho e não comam muitas castanhas...

1 comentário:

Rui Alves disse...

Até que enfim que conheço uma forma de definir a relação do FISIO perante a religião - definitivamente, o Luís é um catecúmeno...