Da Taça para a Festa

Num curto espaço de tempo, dois grandes eventos marcam a actualidade basquetebolística no nosso país. No passado fim-de-semana, decorreu a Final a 8 da Taça de Portugal, em Paços de Ferreira. Não tive oportunidade de assistir ao Compal Air 3x3, mas a opinião unânime é que foi um sucesso em número de participantes e de público. Quanto ao Mini, achei notável o facto de meia dúzia de responsáveis, com a colaboração dos animadores dos clubes, pôr toda a “máquina a rolar”, num clima de festa, com música e os adorados insufláveis... Na competição sénior, a organização ABP/CMPF foi incansável e, na minha opinião, atingiu a excelência. Outro evento paralelo onde tive a oportunidade de participar foi o Clinic. E aí, deixem que vos escreva, registei um pequeno “se não”. De facto, ficou bem aquém das minhas expectativas o número de participantes. A acção foi bem divulgada, o dia e hora foi bem escolhido (não havia NENHUM jogo agendado), Valentyn Melnychuk é seguramente o treinador do nosso país com melhor currículo, as oportunidades de estar com ele no Norte são mais reduzidas, o tema (scouting) é decisivo no actual contexto competitivo, é um assunto de alguma forma inovador e houve o cuidado de ser associado ao jogo histórico que permitiu o apuramento para o Euro 2007 – o Portugal x Israel, portanto, não encontro motivo para terem aparecido “apenas os do costume”. Depois, como também começa a ser normal nestas coisas, recebo a posteriori e-mails de amigos e mais ou menos conhecidos a justificar a ausência (alguns) e a pedir “a documentação”... Tendo esta acção sido suportada fundamentalmente pelo video, animações e ainda pelas demonstrações em campo dos jogadores do Maia Basket, não foi entregue nenhum documento escrito aos participantes. Contudo, no seguinte link será possível descarregar um documento com os ataques de Israel que foram dissecados na apresentação de sábado passado:

Playbook_Israel.pdf

No próximo fim-de-semana vai realizar-se a Festa do Basquetebol. Estou a ver o universo associativo muito comprometido, o que é indispensável para o sucesso deste mega-evento. Espero que a viagem, o convívio e todos os momentos não competitivos sejam de pura festa... sem excessos e com muita responsabilidade. Gostei também da recuperação do termo “Campeonatos de Portugal Interselecções”, que, na minha visão, em nada colide com a Festa. Espero que a preparação desportiva tenha sido uma realidade e espero também que o espírito competitivo esteja presente. Se porventura as duas coisas forem inconciliáveis não tenho dúvidas: salvaguardar em primeiro lugar os interesses de todos os que vão para jogar “a sério” em detrimento dos que vão apenas passear. Sobre este assunto, há poucos dias um jogador contava-me as suas motivações em participar, por esta ordem (segundo ele): possibilidade de ser observado pela equipa técnica nacional, ser campeão pelo seu distrito e divertir-se fazendo novos amigo(a)s. Que assim seja!