Paredes já joga Minibasquete! A sério!!!

Foi no passado sábado que a escola EB 1 de Moinhos – Lordelo representou o Concelho de Paredes no convívio de Minibasquete organizado pela AB Porto, no âmbito da realização das Fases Finais Distritais dos escalões de formação. Esta semana repetiu-se e fomos lá ao Pav. Rota dos Móveis! Ninguém nos contou, foi mesmo possível ver que apenas quatro meses depois do início da parceria FPB – CM Paredes os acontecimentos ultrapassaram os ambiciosos objectivos e as melhores expectativas, sendo esta iniciativa um exemplo inegável.

Américo Santos é o professor que orienta a equipa paredense e mostra-se visivelmente satisfeito. Aliás Professor, com maiúscula, pois a sua atitude pedagógica ao longo de toda a manhã é de louvar. De facto, ele é também treinador de basquetebol o que naturalmente o ajuda neste papel de Animador de Minibasquete. Trabalha com estas crianças duas vezes por semana, nas aulas de expressão físico-motora patrocinadas pela autarquia nas escolas do primeiro ciclo do Concelho, sendo o minibasquete um dos meios com maiores valências para o desenvolvimento das capacidades coordenativas destes futuros talentos. Confessou-nos que “a experiência do trabalho com estes miúdos tem sido agradável, sendo eles bastante assíduos e com muita vontade de fazer desporto”. A natação, o futebol e o basquetebol são as modalidades abordadas até à data, dentro das limitações próprias das estruturas, material de apoio e condições climatéricas. Mas Américo assegura que “há muita disponibilidade por parte dos alunos, até em termos dos aspectos coordenativos” seguramente por comparação com as crianças das grandes cidades, cada vez mais agarradas às consolas e afins. A sua percepção, quanto ao potencial para um projecto/clube de basquetebol bem sucedido no Concelho, foi inequívoca quando disse “já devia haver, dado o interesse das crianças e o resto das condições”.

Falamos ainda com duas crianças desta “equipa-embrião”. A Maria Machado foi a jogadora que, provavelmente, mais se divertiu durante os jogos. Além de “mandona” com os colegas, vibrava com cada cesto marcado como nenhum. O Tiago Rocha mal tinha tempo, foi talvez o melhor marcador da equipa (embora isso pouco conte) e, com o seu ar patusco, comemorava os êxitos com os indicadores apontados ao tecto. Gostaram? “Sim, muito!” – responderam em coro. O resto da equipa aproxima-se a correr para participar na conversa. Como souberam do basquete? “foi na escola, mas já tínhamos visto na televisão”. “E até viemos cá ver o Porto x Ovarense (final da supertaça)” acrescentaram alguns. Ainda assim, elaboramos a pergunta escusada: Gostavam de jogar mais vezes? “SIIIIIMMMMM! Isto é um desporto fixe!”.

Para finalizar, realçar o envolvimento de alguns pais, que levaram as suas crianças ao pavilhão e assistiram entusiasticamente aos jogos. Também para eles é o início de uma “caminhada”. À porta, lá perguntavam o resultado dos jogos, pois os miúdos não sabiam e nem o treinador lhes deu destaque, pois como sabem, o resultado é o menos importante nesta actividade. Mas, apenas por curiosidade, e para a história, ficaram por nós a saber que até ganharam os dois: UAA Aroso 10 x 38 Esc. Paredes ; Esc. Paredes 30 x 26 CP Natação.