Os atletas do CNT Paredes executam, sempre que possível e às terças-feiras, um plano de exercícios específicos ao atleta de basquetebol: o treino proprioceptivo.
Mas de que se trata?
Será então conveniente esclarecer proprioceptividade. Esta é entendida como a sensibilidade que cada indivíduo apresenta ao estabelecer as relações com o meio externo, mantendo a percepção da posição relativa dos segmentos anatómicos e padrão de movimento. Em linguagem mais simples, significa a capacidade que possuímos em “ler” a posição do nosso corpo e adequar uma resposta, durante o movimento.
Exemplo prático:
Ser-se empurrado e não cair: temos que “ler” que estamos a ser empurrados, “ler” a força do empurrão, ler a direcção do desequilíbrio gerado e elaborar uma resposta global (dos pés à cabeça) que nos permita ficar de pé, tudo isto numa fracção de décimas de segundo.
Mas como é feita essa “leitura”?
Ao possuirmos um sistema de receptores específicos na pele, nas articulações, nos músculos e nos tendões, processamos uma “leitura” que é imediatamente enviada ao Sistema Nervoso.
Para que serve?
Como visto anteriormente pelo exemplo prático, um sistema proprioceptivo eficaz é preventivo de lesões. Mas não se fica por aí, o treino proprioceptivo fomenta a correcção gestual indispensável aos grandes atletas e melhora a sua estabilidade dinâmica.
Qual a pertinência deste tipo de treino ao basquetebol?
O basquetebol, sendo uma modalidade colectiva possibilitadora de contacto físico, é abundante em situações de desequilíbrio. Paralelamente, ao ser uma modalidade onde o salto assume preponderância, designadamente ao nível do ressalto onde muitos pés lutam por um espaço privilegiado debaixo da tabela, a necessidade de adaptações rápidas e constantes do sistema proprioceptivo deve ser operacionalizada. Desse modo e entre outras, reduzimos o risco de ocorrência/grau de severidade das tão propaladas quanto incomodativas entorses do tornozelo.
Em suma:
Trata-se de um trabalho individual em que cada atleta deverá consciencializar o movimento que lhe é pedido de forma a poder integra-lo com melhores resultados, neste caso como em muito outros, quem semeia colhe, ou seja, quem treina concentrado e nos seus limites seguramente melhorará. Se cada atleta entender que o trabalho a fazer o pode, numa situação real, protege-lo de uma lesão impossibilitante da sua participação na fase final pelo seu clube ou no campeonato da Europa pela Selecção Nacional, provavelmente dispensará o seu melhor empenho e concentração ao treino proprioceptivo. É assim objectivo deste post, sensibilizar atletas, pais e treinadores para um dos componentes do treino que menos divulgação evoca perante o fenómeno desportivo.
Mas de que se trata?
Será então conveniente esclarecer proprioceptividade. Esta é entendida como a sensibilidade que cada indivíduo apresenta ao estabelecer as relações com o meio externo, mantendo a percepção da posição relativa dos segmentos anatómicos e padrão de movimento. Em linguagem mais simples, significa a capacidade que possuímos em “ler” a posição do nosso corpo e adequar uma resposta, durante o movimento.
Exemplo prático:
Ser-se empurrado e não cair: temos que “ler” que estamos a ser empurrados, “ler” a força do empurrão, ler a direcção do desequilíbrio gerado e elaborar uma resposta global (dos pés à cabeça) que nos permita ficar de pé, tudo isto numa fracção de décimas de segundo.
Mas como é feita essa “leitura”?
Ao possuirmos um sistema de receptores específicos na pele, nas articulações, nos músculos e nos tendões, processamos uma “leitura” que é imediatamente enviada ao Sistema Nervoso.
Para que serve?
Como visto anteriormente pelo exemplo prático, um sistema proprioceptivo eficaz é preventivo de lesões. Mas não se fica por aí, o treino proprioceptivo fomenta a correcção gestual indispensável aos grandes atletas e melhora a sua estabilidade dinâmica.
Qual a pertinência deste tipo de treino ao basquetebol?
O basquetebol, sendo uma modalidade colectiva possibilitadora de contacto físico, é abundante em situações de desequilíbrio. Paralelamente, ao ser uma modalidade onde o salto assume preponderância, designadamente ao nível do ressalto onde muitos pés lutam por um espaço privilegiado debaixo da tabela, a necessidade de adaptações rápidas e constantes do sistema proprioceptivo deve ser operacionalizada. Desse modo e entre outras, reduzimos o risco de ocorrência/grau de severidade das tão propaladas quanto incomodativas entorses do tornozelo.
Em suma:
Trata-se de um trabalho individual em que cada atleta deverá consciencializar o movimento que lhe é pedido de forma a poder integra-lo com melhores resultados, neste caso como em muito outros, quem semeia colhe, ou seja, quem treina concentrado e nos seus limites seguramente melhorará. Se cada atleta entender que o trabalho a fazer o pode, numa situação real, protege-lo de uma lesão impossibilitante da sua participação na fase final pelo seu clube ou no campeonato da Europa pela Selecção Nacional, provavelmente dispensará o seu melhor empenho e concentração ao treino proprioceptivo. É assim objectivo deste post, sensibilizar atletas, pais e treinadores para um dos componentes do treino que menos divulgação evoca perante o fenómeno desportivo.
Agora cabe a cada um decidir:
OU
Não há escolha possível, trabalhem muito.
5 comentários:
Realmente este tipo de treino traz grandes vantagens para o atleta. Além de melhorar a performance do atleta que reaje melhor e mais rápidamente a todas as alteraçoes espaço/movimento, ganha maior resistência à ocorrência de lesões bem como diminui o tempo de recuperação de quando elas ocorrem. Claro que a competência e a magia do Fisio também ajuda, mas sem o empenho sério de cada um não se consegue grande coisa.
Ora aí fica o registo de um treinador! Importante pois sendo a classe uma referência privilegiada no enraizar das rotinas dos jovens e muitas vezes os primeiros a assistir o atleta que se lesiona, talvez possam considerar investir significativamente no trabalho de prevenção a cargo nos seus atletas.
Quanto à magia amigo Maganinho, esse é Luís de Matos e não Pereira…obrigado pelo comentário.
Abraço para ti…o tempo voa.
Caro Luís Pereira gostei muito desta sua abordagem ao treino proprioceptivo e fiquei desejoso por aprofundar esta temática.
Será que me poderia indicar algumas fontes bibliograficas ou mesmo na web?
Obrigado pelo seu comentário Tiago Lopes, é com satisfação que constato o seu interesse.
Quanto ao tema “Proprioceptividade” creio que não lhe faltarão referências por toda a Internet, a própria Federação Espanhola de Basquetebol sugere um “Atlas de Exercícios para Prevenção de lesões do membro inferior no Basquetebol” e disponibiliza-o em http://www.feb.es/DesktopDefault.aspx?tabid=51&file=medicos/med05-00004.html
Num estudo datado de 1992, realizado nos EUA, já se determinavam conclusões sobre os deficits proprioceptivos na instabilidade do tornozelo. A temática não é tão recente quanto possa parecer, é apenas e ainda pouco difundida. http://www.salix-publishing.co.uk/cgi/jomabs2.pl?File=143&Art=4
Como sugestão de leitura deixo-lhe dois títulos em português que creio serem bastante acessíveis:
- Horta L. Prevenção de Lesões no Desporto. Segunda Edição. Editora Caminho. Lisboa, 1995.
- Pinheiro J. Medicina de Reabilitação em Traumatologia do Desporto. Editora Caminho. Lisboa, 1998.
Espero ter correspondido às suas pretensões e necessidades. Cumprimentos.
Vou então pesquisar sobre o tema pois parece-me ser muito interessante.
Muito obrigado pela sua ajuda e Parabéns pelo excelente blog que aqui tem!
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