Quem teve um furo na estrada sabe o transtorno que causa. Quem lhe aconteceu na auto-estrada consegue imaginar as dificuldades acrescidas que isso acarreta...Se a isto acrescentarmos 4 jovens ansiosos por apanhar o comboio do fim-de-semana e a bagageira a abarrotar com as suas malas...
E se alguns dos jovens não podiam MESMO perder o comboio pois jogavam a fase final dentro de poucas horas?...
Este cenário foi bem real na passada sexta-feira, com um pneu do carro do nosso director a deixar de colaborar, como quem diz, furar, ao Km 19 da A4.
Com a rapidez e eficácia habitual tudo foi resolvido. A carrinha regressou ao local e todos chegaram a tempo. Os que lá ficaram ganharam uma história para contar, que envolveu a assistência da BRISA e tudo.
Mas a melhor parte da história, que passa a ser de homenagem a partir deste momento, foi a atenção do Prof. Eduardo. É docente de Educação Física na Escola Daniel Faria, em Baltar, frequentada pelo nosso CNT, mas que neste ano lectivo nem lecciona nenhuma turma com os nossos jogadores. Ao passar no local reconheceu os alunos/jogadores e, embora tivesse vontade, não teve oportunidade de parar. Como viajava no mesmo sentido da auto-estrada, deu-se ao trabalho de sair na primeira saída possível, viajar mais uns bons quilómetros de regresso na direcção de Baltar, voltar a entrar na auto-estrada na direcção do Porto e parar no local do furo, disponibilizando-se para o que fosse preciso, inclusivamente transportar os jogadores para a estação, dado que sabia que iam ter compromissos desportivos importantes. Entretanto já o Mirra tinha vindo buscar a «segunda remessa» e estava tudo resolvido, mas a intenção fica registada e para sempre lembrada.
Hoje em dia, na nossa vida atribulada, quantos de nós teríamos a delicadeza do Prof. Eduardo? Numa altura em que a classe docente é tão maltratada, que este episódio constitua um exemplo!
Bem haja Prof. Eduardo!
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