O exemplo de Gregor Fucka
Durante anos a fio ouvi muitas vezes, e ainda oiço hoje em dia, alguns treinadores, uns mais novos e uns mais velhos do que eu, o que com o andar do tempo, no activo, são cada vez menos, defenderem a ideia que, quando chega a sénior um jogador do ponto de vista técnico está feito. Se não sabe o problema foi da sua formação e como treinador de seniores não se tem que preocupar com os fundamentos. Em resumo, a partir de sénior as preocupações tem de estar centradas nos factores tácticos e estratégicos não dando muita importância aos fundamentos. Nas suas opiniões, em seniores o trabalho das capacidades coordenativas, já não tem importância, pois quando um jogador chega a sénior tem de dominar os fundamentos e não se vai perder tempo com o seu aperfeiçoamento.
Contrariamente a esta corrente de opinião, como ficou claro no meu último “post” neste “blogue”, considero que, embora haja uma idade de ouro para tudo, inclusivamente para o desenvolvimento das capacidades coordenativas e dos fundamentos, estes tem de ser sempre trabalhados e desenvolvidos. Daí o título do meu “post” ser: Treinar capacidades coordenativas? Sempre.
Em 1999 fui convidado pela FPB para ser o coordenador responsável por tudo o que se ia passar no Pavilhão Atlântico nas Finais do Campeonato Mundial de Juniores. Nesta perspectiva e para poder realizar melhor a minha tarefa, a FPB enviou-me às finais do Campeonato Europeu de Seniores, também realizadas num espaço multiusos, o Pavilhão de Bercy em Paris. Este privilégio possibilitou-me assistir à final do Campeonato da Europa, entre a Itália e a Espanha. A Itália, onde pontificou como MVP da competição o naturalizado Gregor Fucka, venceu com brilhantismo essa final, sagrando-se com naturalidade campeão europeu. Por mera coincidência nesse ano fui visitar a minha filha, que estava a estudar em Itália e por mero acaso também, veio parar às minha mãos uma revista italiana, não especializada, que ainda sobre o efeito da vitória no Europeu, tinha uma reportagem com o Gregor Fucka.
E uma vez mais as minhas convicções, Fucka tinha nessa altura 29 anos, sobre a importância de treinar e aperfeiçoar os fundamentos ficou muito reforçada. Nessa entrevista Fucka confessava a importância que o seu treinador pessoal Pino Gradovic tinha, entre outros aspectos no aperfeiçoamento dos fundamentos. Aos 29 anos Fucka continuava diariamente, com indicações e auxílio do seu treinador pessoal, a trabalhar e corrigir os fundamentos do jogo.
Há uma ideia que me segue há muito tempo, nascer com jeito ou talento não é mérito nenhum, tem-se a felicidade de nascer assim. O mérito está como utilizamos ou desenvolvemos esse talento. O exemplo de Fucka diz-nos, que se nasce com talento, mas só nos tornamos verdadeiros vencedores com empenho, gosto e muito trabalho. É sem dúvida um processo moroso e lento, que depende de muitos factores: como grande motivação, capacidade de trabalho, espírito de sacrifício, boa organização e sonhos. Sim digo sonhos, pois parafraseando Benjamin Mays: O drama da vida não é não alcançarmos as estrelas que estão no céu, dramático é não ter estrelas para sonhar ou que guiem os nossos sonhos.
Durante anos a fio ouvi muitas vezes, e ainda oiço hoje em dia, alguns treinadores, uns mais novos e uns mais velhos do que eu, o que com o andar do tempo, no activo, são cada vez menos, defenderem a ideia que, quando chega a sénior um jogador do ponto de vista técnico está feito. Se não sabe o problema foi da sua formação e como treinador de seniores não se tem que preocupar com os fundamentos. Em resumo, a partir de sénior as preocupações tem de estar centradas nos factores tácticos e estratégicos não dando muita importância aos fundamentos. Nas suas opiniões, em seniores o trabalho das capacidades coordenativas, já não tem importância, pois quando um jogador chega a sénior tem de dominar os fundamentos e não se vai perder tempo com o seu aperfeiçoamento.
Contrariamente a esta corrente de opinião, como ficou claro no meu último “post” neste “blogue”, considero que, embora haja uma idade de ouro para tudo, inclusivamente para o desenvolvimento das capacidades coordenativas e dos fundamentos, estes tem de ser sempre trabalhados e desenvolvidos. Daí o título do meu “post” ser: Treinar capacidades coordenativas? Sempre.
Em 1999 fui convidado pela FPB para ser o coordenador responsável por tudo o que se ia passar no Pavilhão Atlântico nas Finais do Campeonato Mundial de Juniores. Nesta perspectiva e para poder realizar melhor a minha tarefa, a FPB enviou-me às finais do Campeonato Europeu de Seniores, também realizadas num espaço multiusos, o Pavilhão de Bercy em Paris. Este privilégio possibilitou-me assistir à final do Campeonato da Europa, entre a Itália e a Espanha. A Itália, onde pontificou como MVP da competição o naturalizado Gregor Fucka, venceu com brilhantismo essa final, sagrando-se com naturalidade campeão europeu. Por mera coincidência nesse ano fui visitar a minha filha, que estava a estudar em Itália e por mero acaso também, veio parar às minha mãos uma revista italiana, não especializada, que ainda sobre o efeito da vitória no Europeu, tinha uma reportagem com o Gregor Fucka.
E uma vez mais as minhas convicções, Fucka tinha nessa altura 29 anos, sobre a importância de treinar e aperfeiçoar os fundamentos ficou muito reforçada. Nessa entrevista Fucka confessava a importância que o seu treinador pessoal Pino Gradovic tinha, entre outros aspectos no aperfeiçoamento dos fundamentos. Aos 29 anos Fucka continuava diariamente, com indicações e auxílio do seu treinador pessoal, a trabalhar e corrigir os fundamentos do jogo.
Há uma ideia que me segue há muito tempo, nascer com jeito ou talento não é mérito nenhum, tem-se a felicidade de nascer assim. O mérito está como utilizamos ou desenvolvemos esse talento. O exemplo de Fucka diz-nos, que se nasce com talento, mas só nos tornamos verdadeiros vencedores com empenho, gosto e muito trabalho. É sem dúvida um processo moroso e lento, que depende de muitos factores: como grande motivação, capacidade de trabalho, espírito de sacrifício, boa organização e sonhos. Sim digo sonhos, pois parafraseando Benjamin Mays: O drama da vida não é não alcançarmos as estrelas que estão no céu, dramático é não ter estrelas para sonhar ou que guiem os nossos sonhos.
A. San Payo Araújo
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