É sempre com muita satisfação que encontro os ex-CNTP (sendo que este “P” ainda é de Porto e não de Paredes), dentro ou fora do campo. Aliás, o meu primeiro post (http://cntparedes.blogspot.com/2007/01/eles-andam-mas-sentimos-sempre-saudades.html) foi dedicado a alguns deles.
Tive a oportunidade, na última sexta-feira, de assistir com o companheiro Sérgio Fraga à primeira jornada da Fase Final Nacional de Juniores-A, no Barreiro. São sempre ocasiões em que revemos dirigentes, treinadores, pais de atletas e amigos, mas é sobre os jogadores, os nossos ex-jogadores, que quero dedicar estas linhas.
Em campo pude ver alinhar pelo FC Barreirense o PP (Pedro Pinto), o Pereira (Pedro) e o Zé (Silva). Se, enquanto jovens amigos, tenho a mesma simpatia por todos eles, já como treinador, neste caso ex-treinador, tenho que relevar o José Silva. É um caso “puro” de trabalho e superação constante. O Zé não revelava talento quando começou a jogar, aliás, mal sabia correr, tendo sido o jogador mais contestado da sua geração por fazer parte do nosso grupo. Foi duro, principalmente para ele e para a família (que, com grande sacrifício também, não lhe tirou a oportunidade de perseguir o sonho de ser jogador). No jogo, a sua atitude permanentemente concentrada, a sua humildade, o seu ar imperturbável são mais valias difíceis de encontrar. Com tudo de subjectivo e pessoal que acarreta, e sem qualquer desprimor para os restantes, foi para mim o melhor jogador em campo da partida que tive a oportunidade de assistir.
Pelo Benfica lá estava o nosso Arnette (Halman)... na mesma! Preguiçoso, molengão, saltitão, meio à toa, mas muito “bom menino”... Outra “figura” é o Pedrão (também Pereira), do Clube dos Galitos, muito mais magro...
Da bancada, que estava repleta, desceram para nos cumprimentar os barreirenses Alex (Coelho), o Eugénio (Silva), o Mesquita (João) e o Guerreiro (João). Foi bom saber que as vidas deles continuam a correr bem e continuam entusiasmados pela nossa modalidade. O Guerreiro, que jurou “já não ando tão à toa”, foi talvez o mais efusivo: “Eh!Pá! Tava cá com umas saudades, a sério...” (isto com sotaque algarvio, claro).
“ÓÓÓÓÓ PROOOOOF!”... esta voz era familiar, só podia ser, era o Aylton (Medeiros), o tipo mais “pausado” do pavilhão, que também nos veio cumprimentar e prometeu uma visita à cidade do Porto onde, pasme-se, deixou à espera umas “amigas”...
Com um estatuto diferente, mas perto de nós, estava lá o Tomás (o nosso Dziedicz), junto da sua equipa a apoiar o seu clube.
Quem lá não esteve mas, neste momento difícil para eles, estão presentes nos nossos pensamentos foram o Edgar (Mouco) e o Paulo Cunha. O primeiro é um ex-CNTP, repetidamente fustigado pelas lesões, que enfrenta um longo período de recuperação após uma intervenção cirúrgica a um joelho, que ainda por cima o impossibilitará de dar o seu contributo no Europeu de Sub-18 deste verão. O Paulo Cunha é uma referência incontestada do basquetebol português que esteve sempre disponível para o CNTP e, nos ciclos anteriores, apareceu sempre para humildemente dar o seu testemunho. Vamos de certeza poder contar com eles, em breve!